Óleo sobre tela, pintura de Celina - irmã de Sta. Teresinha.
O Tempo do
Advento nos tem preparado para receber as graças que o Senhor Jesus nos reserva
para este Natal 2013. Ele bem sabe do que mais necessitamos aqui na terra por
estes dias. Mas a graça das graças, mais fundamental, graça fontal é recebê-Lo
em nossos corações!
“Eis que estou à porta e bato: se
alguém ouvir a minha voz, e abrir, eu entrarei e cearemos juntos!” (Apocalipse
3,20)
Na plenitude
dos tempos Ele já veio. Sua primeira vinda, foi pelas terras da Palestina,
Nazaré, Belém, Cafarnaum, Jerusalém, por ali... Sua segunda vinda, acontecerá
no fim dos tempos... Mas com esse “estou à porta e bato”, Jesus está no
presente, Ele mesmo “ontem, hoje e sempre”. Ele nos pede um tempo, abertura do
nosso coração, para entrar na nossa história pessoal, no dia a dia de nossas
vidas. Um espaço em nossas vidas para conhecê-Lo, amá-Lo, segui-Lo.
Se abrirmos o
coração à Sua voz, Ele “entrará e cearemos juntos...”! Quanta graça! A presença
de Jesus – o Emanuel, Deus conosco – é realmente a Graça das graças. Natal não é
bem isto? Ele renascer / nascer em cada coração e na sociedade?
Os outros
aspectos culturais do Natal são composições agregadas ao fio dos tempos, sem
dúvida, algumas delas marcadas pela decorrência dessa Graça maior: visitas aos
amigos, luzes, presentes, abraços, expressões de carinho, socorro aos
materialmente mais necessitados, atendimento aos que sofrem... Pois, este
Menino – expondo na manjedoura de Belém, sua fragilidade de criança – vem a
cada ano despertar na humanidade os seus melhores sentimentos para se refazerem
mais humanos à Sua imagem, que passou a vida fazendo o bem.
Pedimos a
permissão dos irmãos e amigos para propor que, juntos, recebamos o ensinamento
recente do Papa Francisco que nos puxa ainda mais para o concreto das nossas
mazelas do cotidiano, e sugere um propósito de mudança bem natalina:
“O ideal cristão convidará sempre a
superar a suspeita, a desconfiança permanente, o medo de sermos invadidos, as
atitudes defensivas que nos impõe o mundo atual.
Muitos tentam escapar dos outros fechando-se
na sua privacidade confortável ou no círculo reduzido dos mais íntimos, e
renunciam ao realismo da dimensão social do Evangelho.
Porque, assim como alguns quiseram um
Cristo puramente espiritual, sem carne nem cruz, também se pretendem relações
interpessoais mediadas apenas por sofisticados aparatos, por ecrãs e sistemas
que se podem acender e apagar à vontade.
Entretanto o Evangelho convida-nos
sempre a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro, com a sua presença
física que interpela, com o seus sofrimentos e suas reivindicações, com a sua
alegria contagiosa permanecendo lado a lado.
A verdadeira fé no Filho de Deus feito
carne é inseparável do dom de si mesmo, da pertença à comunidade, do serviço,
da reconciliação com a carne dos outros.”
E conclui o Papa:
Na sua encarnação, o Filho de Deus convidou-nos à
revolução da ternura.”
(extraído
da Exortação do Papa Francisco “A alegria do Evangelho”, nº 88, 24-11-2013)
Com tal espírito, desejamos a
todos um Natal assim, que lhes conduzirá a um Ano realmente Novo, de alegria e
muita paz!
Gustavo
e Martha
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário